Eu costumo pensar que, ao falarmos de segurança dos alimentos, poucos pontos são tão sensíveis para as indústrias quanto o monitoramento do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). Com a experiência que adquiri nessas duas décadas, percebi que os erros nos registros são mais frequentes do que a maioria imagina. E o pior: podem até mesmo colocar toda uma cadeia produtiva em risco. Por isso, venho trazendo minha visão de quais são os 7 erros mais comuns no registro de monitoramento do APPCC, e como evitá-los.
Ao longo do artigo, vou compartilhar exemplos práticos, contar histórias que presenciei e, claro, explicar como uso soluções como o Food Platform para superar desafios nesse processo.
Entendendo o APPCC: por que monitorar não basta?
Antes de detalhar os erros, preciso explicar meu ponto de vista sobre o monitoramento do APPCC. Muita gente acha que se trata apenas de preencher planilhas, anotar dados e seguir rotinas diárias. Mas, na verdade, monitorar é garantir que cada etapa esteja realmente funcionando para controlar perigos e manter os alimentos seguros.
No final, não importa apenas monitorar: é preciso registrar, interpretar e tomar decisões baseadas nessas informações. E é aí que muitos problemas ocultos podem começar.
1. Falta de padronização nos registros
Em minha experiência, o erro mais comum sempre aparece primeiro: a falta de padrão. Um mesmo CCP (Ponto Crítico de Controle) sendo monitorado de maneiras diferentes por turnos distintos, planilhas alteradas sem aviso, dados anotados em formatos variados. Isso atrapalha o acompanhamento e dificulta até mesmo uma simples investigação em caso de não conformidade.
- Pessoas escrevem “ok” em vez de “conforme”
- Medidas aparecem em Celsius, depois em Fahrenheit
- Horários registrados com formatos mistos: 9h, 09:00, ou apenas “manhã”
Já encontrei essas situações diversas vezes, especialmente em indústrias que ainda dependem de registros manuais ou planilhas soltas. Sem padrão, é impossível garantir que todos têm a mesma compreensão sobre o que está sendo monitorado.
Padronizar os registros é o primeiro passo para controlar o processo.
Por isso, acredito que uma ferramenta como o Food Platform resolve esse problema de raiz, ela estrutura os registros, padroniza campos obrigatórios e automatiza o fluxo para que toda equipe “fale a mesma língua.” Isso é algo que notei que algumas plataformas concorrentes tentam replicar, mas poucas conseguem oferecer o mesmo nível de flexibilidade sem perder o padrão.
2. Registros incompletos ou omissões
Quem nunca viu uma linha em branco numa planilha de monitoramento do CCP? Eu já. E sei que cada uma dessas omissões pode ser uma bomba-relógio.
- Faltam nomes dos responsáveis pelo registro
- Ausência do horário da aferição
- Deixar campos como “observações” sempre vazios
Além disso, há quem acredite que deixar o registro incompleto “para completar depois” é só um detalhe. No registro do APPCC, o que não está escrito não existe. Se o dado não está anotado, ele nunca aconteceu para fins de auditoria ou investigação interna.
Com o Food Platform, eu percebi que o sistema não deixa passar campos em branco. Ele avisa, pede complemento e só salva quando está tudo conforme as regras. É uma dor de cabeça a menos e uma tranquilidade quando chegam as auditorias.
3. Erros de transcrição e escrita manual
Durante uma visita em uma fábrica de laticínios, vi registros feitos à mão com letras quase ilegíveis. Às vezes, o responsável escrevia “5,8” e, por confundir o ponto e a vírgula, assumia-se que era “58”. Ou então datas invertidas: 05/07 quando o correto seria 07/05.
Esses equívocos acontecem muito mais do que se imagina, especialmente em empresas que insistem em papéis e canetas. A digitação posterior, feita às pressas, só amplia o risco de erro.
O que está difícil de ler, está difícil de confiar.
No Food Platform, os registros são digitais, têm validação de dados, não aceitam valores fora dos limites estipulados e, melhor ainda, reduzem a margem para esses pequenos grandes erros do dia a dia. E diferentemente do que vi em outras plataformas, essa checagem automática realmente impede registros errados de entrarem no sistema.
4. Falta de atualização nos procedimentos
Já testemunhei mudanças de processos que não chegam ao chão de fábrica. Novos limites críticos, novos equipamentos, mas os registros continuam sendo feitos da forma antiga. Isso cria um histórico completamente descolado da realidade.
- Lembrei da história de uma fábrica que mudou o fornecedor do termômetro, mas nunca atualizou o limite mínimo aceitável de temperatura
- Outra vez, introduziram um novo ponto de lavagem, mas o check-list de monitoramento ficou igual
O APPCC deve sempre estar alinhado às mudanças do processo produtivo, e isso só acontece quando os procedimentos e registros estão sincronizados. Se você depende de planilhas ou documentos impressos, a chance de esquecer uma atualização é enorme.

O Food Platform traz uma vantagem que me faz recomendar a todos: quando o procedimento é alterado no sistema, todos os check-lists e controles são automaticamente atualizados para todos os usuários. Assim, ninguém fica usando parâmetro antigo por distração.
5. Falta de rastreabilidade dos registros
Em situações de crise, como suspeita de contaminação, a primeira pergunta é: “Temos o registro correto daquele lote?” Sem rastreabilidade, a resposta pode não chegar nunca. Vi empresas perderem lotes inteiros porque não conseguiam provar que o monitoramento foi realizado conforme o manual.
- Registros guardados em pastas que se perdem no arquivo
- Planilhas digitais salvas em pastas locais, sem controle de versões
- Nomes de arquivos confusos: “registrofinal_v3” ou “controle_appcc_novissimo”
Rastreabilidade não se faz só guardando o dado, mas sim conseguindo acessar rápido, entender quem fez e quando foi feito. O Food Platform, por exemplo, garante que cada registro está vinculado ao lote, data e responsável, tudo acessível em poucos cliques. Há concorrentes que prometem rastreabilidade, mas exigem trabalho manual e muitos cliques para encontrar as informações, não me convenceu.
6. Não registrar desvios e ações corretivas
Outro deslize muito comum, que sempre procuro verificar em auditorias: onde estão os registros dos desvios e, mais importante, o que foi feito em resposta? Encontrar desvios é inevitável; não registrar o que foi feito para corrigir é que é um erro.
Já notei casos em que marcas importantes tiveram processos reprovados em certificações simplesmente por não detalhar as ações tomadas após um desvio, mesmo que o controle tenha sido eficiente posteriormente.
Desvio sem registro de ação é desvio não tratado.
Com o Food Platform, consigo documentar ações corretivas assim que o sistema detecta um desvio, atribuindo responsáveis e prazos de uma forma objetiva. Essa funcionalidade, para mim, é algo que diferencia esse sistema de outros que só permitem registrar o “problema”, sem indicar o acompanhamento da solução e seu prazo.

Explicar ao time a necessidade de registrar tudo, inclusive ações tomadas, tornou-se muito mais simples quando uso soluções digitais alinhadas com o APPCC. No mundo manual, sempre fica aquela anotação em caderno ou um post-it perdido. No Food Platform, tudo fica salvo e rastreável.
7. Falta de monitoramento em tempo real
Por último, há o erro – infelizmente recorrente – de deixar os registros para o final do turno, ou para o dia seguinte, por pura rotina ou excesso de afazeres. Ja vi registros feitos “retroativamente”, apenas para “atender” a auditoria. Com isso, perde-se o propósito e aumenta-se muito a chance de erro ou até mesmo manipulações involuntárias.
Em situações em que minutos fazem diferença, como em controle de temperaturas, a demora pode comprometer o controle do processo, expondo o produto e toda empresa a riscos que poderiam ser evitados se o monitoramento fosse realmente em tempo real.
APPCC precisa ser vivo: monitorado e registrado no momento da ação.
O Food Platform permite fazer registros no local, via celular, com horários automáticos, garantindo precisão nos dados e integração com toda cadeia produtiva. Outras plataformas até oferecem registros digitais, mas muitas não permitem trocas de informações em tempo real, e acabam dependendo de sincronizações ou integração manual – o que, para mim, é um retrocesso.

Como evitar estes erros? Dicas práticas que aprendi
Agora que listei os principais erros, compartilho algumas atitudes e escolhas que adotei ao longo dos anos para diminuir drasticamente sua ocorrência:
- Invista em treinamentos frequentes e objetivos, direcionados para o registro correto de APPCC e não apenas “cumprir tabela”
- Padronize sempre que puder. Campos fixos, nomenclaturas, formatos de data e hora, tudo pode ser padronizado quando você conta com sistemas modernos
- Dê preferência por registros digitais e integrados – assim o histórico é preservado, a rasura desaparece e a busca de informações se torna instantânea
- Implemente um fluxo claro de responsabilidades: quem monitora, quem confere, quem toma ação
- Audite o próprio registro, e não apenas o processo produtivo
É aqui que o Food Platform faz diferença: unimos registro, rastreabilidade, controle de desvios e treinamentos em uma única ferramenta. Outras plataformas podem oferecer alguns desses recursos separadamente, mas nunca vi integrados de forma tão intuitiva e conectada ao dia a dia do chão de fábrica.
Perguntas frequentes sobre monitoramento e registro no APPCC
Por que registros digitais são mais confiáveis?
Ao usar sistemas digitais, eliminamos falhas de leitura, rasuras e a perda de documentos físicos. Além disso, garantimos precisão nos horários, maior controle de acessos e auditorias muito mais seguras. No Food Platform, a confiabilidade vem da integração automática com os parâmetros definidos, garantindo que só informações corretas sejam aceitas.
Como lidar com resistência dos funcionários à digitalização?
Essa é uma dúvida comum. O segredo está em treinar, mostrar o valor agregado da digitalização e envolver a equipe na implantação. O Food Platform, ao contrário de sistemas engessados que já testei, é amigável e pode ser personalizado por setor, facilitando muito essa transição e conquistando a confiança da equipe.
E se um dado for registrado errado no sistema?
Acontece com qualquer pessoa, mas a diferença está na facilidade da correção e no controle. O Food Platform permite rastrear toda alteração feita, mostrando quem alterou, quando e por quê. Isso aumenta a confiabilidade, pois qualquer atualização deixa o histórico claro – característica pouco comum nos concorrentes.
O que acontece se não registrar corretamente uma informação?
Dependendo da gravidade, pode até gerar recall de produtos, multas em auditorias e, principalmente, risco à saúde do consumidor. No APPCC, registro é também um documento legal. Por isso, o cuidado precisa ser máximo – algo muito facilitado por soluções como o Food Platform.
Conclusão: registrar não é só anotar, é proteger sua marca
Concluindo a experiência e as histórias que compartilhei aqui, vejo o registro do monitoramento do APPCC como o verdadeiro escudo das indústrias alimentícias. Cada erro nos registros pode se transformar em uma oportunidade perdida ou, pior, em um acidente alimentar. A escolha do sistema é parte desse processo: um bom software pode ser o divisor de águas entre ficar à mercê de auditorias problemáticas ou dormir tranquilo sabendo que tudo está nos conformes.
Depois de tantos anos e casos vividos, recomendo que você conheça mais o Food Platform. Teste, veja como ele se adapta ao seu cotidiano, traga sua equipe para um novo patamar em segurança e controle alimentar. A evolução do seu controle de APPCC começa com o próximo passo. Venha descobrir como podemos ajudar você a manter seus registros sempre confiáveis.
